terça-feira, 5 de março de 2024


Animais Taxidermizados 


Jiboia 

Boa constrictor amarali Stull, 1932



Tatu-canastra 

Priodontes maximus Kerr, 1792



Tucano-toco

Ramphastos toco Statius Muller,1776


Tamanduá mirim 

Tamandua tetradactyla Linnaeus, 1758


Tamanduá mirim 

Tamandua tetradactyla Linnaeus, 1758


Raposa-do-campo

Lycalopex vetulus Lund, 1842



Sagui-de-tufo-branco
Callithrix jacchus Lineu, 1758



quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Raposa-do-campo

Lycalopex vetulus Lund, 1842


Reino: Animalia 

Filo: Chordata 

Classe: Mammalia 

Ordem: Carnivora 

Família: Canidae 

Gênero: Lycalopex

Espécie: Lycalopex vetulus


A raposa-do-campo, também conhecida como Lycalopex vetulus, é uma espécie de canídeo que habita exclusivamente o bioma do Cerrado brasileiro. Sua pelagem varia do amarronzado ao cinza, destacando-se pelo olhar atento e curioso. É notável por ser a única representante de sua família no mundo, além de ser uma das menores entre os cachorros selvagens do Brasil, com cerca de 60 centímetros de comprimento e um peso que varia entre dois e quatro quilos. Sua morfologia estreita, com uma cabeça, focinho e peito menores, permite distingui-la de outras espécies similares, como o cachorro-do-mato e o graxaim-do-campo.


Foto: Frederico Gemesio Lemos e Fernanda Cavalcanti de Azevedo

Solitária e monogâmica, a raposa-do-campo forma pares reprodutivos que permanecem unidos durante a criação dos filhotes. Estes nascem em ninhadas de dois a cinco após uma gestação de aproximadamente 50 dias, sendo amamentados até cerca de 4 meses de idade. Sua dieta diversificada inclui desde cupins e besouros até frutas silvestres, sendo mais ativa no final da tarde e ao amanhecer.

Encontrada em diversos estados brasileiros, como Ceará, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, a raposa-do-campo enfrenta sérias ameaças devido à destruição do seu habitat natural, o Cerrado. Sua classificação como vulnerável pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção reflete a rápida perda de habitat, aliada a outras ameaças como atropelamentos, caça e alta mortalidade de filhotes. Estima-se um declínio populacional de até 30% nos próximos 15 anos, o que coloca em risco a sobrevivência dessa espécie única e importante para o ecossistema do Cerrado.


Segundo: Lemos, Frederico & Cavalcanti, Fernanda & Beisiegel, Beatriz & Jorge, Rodrigo & Cunha de Paula, Rogerio & Rodrigues, Flávio & Rodrigues, Livia. (2013). Avaliação do risco de extinção da Raposa-do-campo Lycalopex vetulus no Brasil. 

Foto: Divulgação/Frederico Gemesio Lemos

Sagui-de-tufo-branco

Callithrix jacchus Lineu, 1758

Reino: Animalia 

Filo: Chordata 

Classe: Mammalia 

Ordem: Primates 

Família: Callitrichidae 

Gênero: Callithrix

Espécie: Callithrix jacchus


Callithrix jacchus, popularmente conhecido como sagui-de-tufo-branco, uma espécie endêmica do Brasil, está presente nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte como nativa e residente, e nos estados da Bahia, Maranhão, Sergipe e possivelmente no nordeste do Tocantins como residente, mas com origem incerta. Em outros estados, como Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, é residente e introduzida. Sua distribuição original se estendia ao sul até o rio São Francisco e a oeste até a margem esquerda do rio Grande, com possíveis extensões para o noroeste até o estado do Maranhão e a Serra do Valentim. Sua extensão de ocorrência supera 20.000 km², com uma área de ocupação estimada em mais de 2.000 km² (Rylands et al., 2008; Hershkovitz, 1977; Silva Jr., 1999; Flesher, 2001).

Foto: "O Fascinante Mundo Animal", IMP Online

O C. jacchus pode ser encontrado em diversos habitats, incluindo floresta semidecidual, floresta decidual, floresta ombrófila densa, florestas ripárias, manchas de caatinga arbórea e caatinga arbustiva (Rylands et al., 2008). Demonstrando grande adaptabilidade, essa espécie não está restrita a habitats primários e mostra-se altamente ajustável a diferentes ambientes, abrangendo desde áreas rurais até urbanas (Rylands et al., 2008).

O sagui de tufo branco, cientificamente conhecido como Callithrix jacchus, é uma pequena espécie de primata com uma aparência marcante. Seu corpo é coberto por uma pelagem densa e macia, geralmente de coloração marrom-acinzentada, enquanto a região ao redor do rosto e o topo da cabeça apresentam uma coloração branca distintiva, formando um "tufo" característico. Seu rosto é relativamente pequeno, com olhos grandes e orelhas pequenas. As extremidades do corpo, como mãos e pés, são ágeis e adaptadas para a vida nas árvores, com dedos longos e ágeis. Esses saguis também têm uma cauda longa e peluda, que é usada para auxiliar no equilíbrio enquanto se movem entre os galhos das árvores. Sua aparência geral é encantadora e peculiar, refletindo sua natureza ágil e curiosa. São basicamente insetívoros-gomívoros, e para a gomivoria, os incisivos inferiores são longos e estreitos, facilitando o roer dos troncos de árvores gomíferas. Porém, como é necessário esperar a árvore liberar a goma, estes ferimentos são marcados (marcas de cheiro) com urina e secreções (glândula de cheiro), pois existe uma grande competição intraespecífica por goma, que desta forma pode ser amenizada.

O sagui de tufo branco, segundo (HEARS, 1996), reproduz-se ao longo do ano, com fêmeas exibindo ciclos menstruais curtos de cerca de 14 a 18 dias. Durante a época de reprodução, que pode ser influenciada pela disponibilidade de alimentos, as fêmeas tornam-se receptivas por um curto período, acasalando-se com vários machos. Após uma gestação de aproximadamente 140 a 150 dias, as fêmeas dão à luz um ou, ocasionalmente, dois filhotes. Os filhotes nascem relativamente independentes, mas recebem cuidados intensivos da mãe, do pai e de outros membros do grupo. A amamentação é fundamental nos primeiros meses, seguida pela introdução gradual de alimentos sólidos. Os grupos sociais são compostos por laços familiares fortes, com cooperação entre os membros para garantir o bem-estar e a sobrevivência dos filhotes, refletindo uma estrutura social complexa e cuidados intensivos com a prole.

Foto: Fabrício Corsi Arias/Acervo Pessoal



Tucano-toco

Ramphastos toco Statius Muller,1776


Família: Ramphastidae 

Filo: Chordata 

Classe: Aves 

Ordem: Piciformes 

Gênero: Ramphastos

O Tucano-toco (tucanuçu) é o maior dos tucanos (Pallinger e Aprille, 2015) vivendo em todo território do Brasil central e partes da Amazônia. Podem ser encontrados em maior número no Cerrado e na Mata Atlântica pode-se encontrar a espécie em pomares com frutos. Tendo o seu estado de conservação (LC) pouco preocupante.  

Foto: Robson Czaban, 2024.

(Guia de Aves do Pantanal, 2023) aborda a característica mais marcante de seu bico enorme alaranjado com uma mancha negra na ponta . A plumagem negra, uropígio brancos e o crisso manchado de vermelho. A área da pele de cor laranja ao redor dos olhos e as pálpebras azuis. O bico de tecido ósseo esponjoso, mede em cerca de 20 centímetros, com bordas serrilhadas, duro e cortante a qual o utiliza para a captura de alimentos, apesar do tamanho é muito leve, pois a estrutura interna existem espaços ocos. Mede em média 56 centímetros de comprimento e pode pesar 540 gramas. A expectativa de vida dessa ave é estimada entre 15 e 20 anos.


Fonte: Wikiaves, 2024


(Pallinger e Aprille,2015) aborda a dieta do tucano-toco basicamente de frutas (bananas, mamões, açaí e pinha), insetos e artrópodes (sendo assim Onívoros), mas também costuma saquear ninhos de outras aves .

A reprodução apontada por (Pallinger e Aprille, 2015) Tucano-toco faz seu ninho em árvores ocas, buracos em barrancos ou em cupinzeiros onde se encontram seguros. Normalmente bota de dois a quatro ovos, que são incubados pelo período de 16 a 18 dias. O macho costuma alimentar a fêmea na época da reprodução. Os principais predadores são os macacos que se alimentam de seus ovos e os gaviões. Vivem em casais no período reprodutivo, formando bandos após a saída dos filhotes dos ninhos.

Conforme (Guia de Aves do Pantanal 2023), os hábitos do tucano-toco é viver aos pares ou em bandos de duas dezenas de aves que voam em fila indiana. Voa com o bico reto, em linha com o pescoço, alternando batidas com um planar mais demorado. Ao dormir vira a cabeça e descansa o bico nas costas. A comunicação dessa espécie consiste em chamados graves.


Foto: Robson Czaban, 2024.

Jiboia 

Boa constrictor amarali Stull, 1932

Família: Boidae 

Filo: Chordata 

Classe: Reptilia 

Ordem: Squamata 

Gênero: Boa 


De acordo com (Lima et al.,2023) a sua distribuição é endêmica do bioma Cerrado do Brasil. Com hábitos semi-arborícolas, comprimento raramente ultrapassam os 2,4 metros, peso em média 15 kg, são ectotérmicos, não são peçonhentas, possuindo dentição áglifa logo não possuindo presas inoculadoras de veneno. Na sua alimentação recomenda-se não oferecer alimentos enquanto o animal estiver em troca de pele e após a alimentação. Ficar no mínimo 5 dias sem manusear.

Foto: CenarioMT


Segundo o (zoológico de Brasília, 2023) a expectativa de vida em cativeiro é aproximadamente 20 anos, status de conservação (MMA): não ameaçado (LC). Os animais mais jovens tendem a ter cores mais brilhantes é considerado uma serpente pacífica e lenta. 

Conforme (Lima et al.,2023) a criação de serpentes em cativeiro são uma opção para adoradores de serpentes, sendo uma serpente adulta pode chegar a comer uma vez ao mês, enquanto aos outros animais são cuidados diários. Se alimentam de pequenos mamíferos roedores, aves, anfíbios, lagartos e ovos. A interação das serpentes com os seus proprietários é bem menor, mas elas podem reconhecer seus donos pelo cheiro e pela forma como manejam a jiboia.


Fonte: Linnaeus, 1758

Com os estudos de (Lima et al., 2023) as jiboias em questão das doenças até o momento não existem relatos, mas é importante a qualidade dos alimentos, para manter o controle de saúde do animal. 

Curiosidade: Sendo a segunda maior serpente brasileira. Tem olhos com pupila vertical, cabeça triangular e características associadas às serpentes peçonhentas. Nascem cerca de 12 a 50 filhotes, apresentando cada um em média 50 cm de comprimento, durando em média sua gestação de 4 a 8 meses. 


Foto: CenarioMT

Para mais informações acesse :https://www.zoo.df.gov.br/jiboia/

https://www.jiboiasbrasil.com.br/arquivos/manual_2023.pdf

Tatu-canastra 

Priodontes maximus Kerr, 1792

Classe: Mammalia

Ordem: Cingulata

Família: Chlamyphoridae

Gênero: Priodontes


O Priodontes maximus, conhecido no Brasil como tatu-canastra, é descrito como um mamífero de grande porte, sendo a maior espécie de tatu conhecida. O termo canastra se dá por sua semelhança a um baú com tampa, antigamente nomeado de canastra. A cabeça e corpo apresenta comprimento variando de 75 a 150 cm e a cauda com comprimento em média de 50 cm (NOWAK, 1991).  Seu corpo apresenta uma carapaça bastante flexível de cor amarronzada escura com poucos fios de cabelos distribuídos entre suas placas (NOWAK, 1991). As placas que cobrem seu dorso são distribuídas em fileiras transversais (EINSENBERG, 1989).  Em média um adulto pode pesar até 60 kg. A cabeça apresenta coloração com uma faixa esbranquiçada, e um escudo oval que se estende até os olhos de cor amarronzada escura semelhante ao corpo. Seus olhos e orelhas são pequenos. O trato bucal possui até 100 dentes a qual, com o amadurecimento do animal, eles caem. A cauda também é branca e possui placas fechadas não distribuídas de maneira transversal (EINSENBERG, 1989). As patas dianteiras possuem garras grandes e poderosas, a garra do meio pode medir cerca de 20 cm de comprimento (NOWAK, 1991).


Fonte: IPÊ - Projeto Tatu-canastra

O tatu-canastra é uma espécie não endêmica do Brasil onde é encontrado em vários países da América do Sul como Venezuela, Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru e Suriname. No Brasil estão distribuídos em alguns estados das regiões Norte, Centro-oeste e Sudeste nos biomas cerrado e pantanal. No Uruguai o tatu-canastra está classificado como extinto em todo o território. 


Fonte: IUCN

Segundo (NOWAK, 1991), o tatu-canastra é um animal ágil de hábito exclusivamente noturno e solitário, diferente das demais espécies de tatu, não se fecha completamente com sua carapaça e quando ameaçado este tenta cavar. A gestação de uma fêmea dura em média cerca de 4 meses, gerando apenas um indivíduo, em casos raros até dois. A expectativa de vida destes animais livres é de 20 anos.

Conforme (EINSENBERG, 1989), trata-se de um animal insetívoro, que se alimenta principalmente de cupins, este consumido em maior quantidade, e formigas, entretanto aranhas, vermes, larvas, cobras e carniça também pertencem a sua dieta. Com o auxílio de suas garras poderosas o tatu-canastra as utilizam tanto para a obtenção de comida ao destruir os cupinzeiros, mas também para a escavação de tocas grandes e profundas como moradia.

Segundo o relatório da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) no ano de 2013, classificaram o tatu-canastra como vulnerável à extinção, com uma grave diminuição da sua população, na lista vermelha de espécies ameaçadas. Como destaca o IcmBio no Plano de Ação Nacional de Conservação das Espécies Ameaçadas (PAN), a perda, fragmentação e degradação do habitat do tatu-canastra devido à expansão do território urbano e agrícola, junto aos incêndios florestais, atropelamento em estradas e a caça, já que a carne é apreciada como alimento, proporcionam a diminuição da população dessa espécie. 


Foto: ONG Amigos dos animais

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Tamanduá mirim 

Tamandua tetradactyla Linnaeus, 1758

Classe: Mammalia

Ordem: Pilosa

Família: Myrmecophagidae 

Gênero: Tamanduá


O Tamandua tetradactyla, conhecido no Brasil como tamanduá mirim, apresenta na coloração de sua pelagem do tronco e do ombro uma forma de colete formado por pelos pretos que circundam seu corpo motivo este ser conhecido também como tamanduá de colete (NOWAK, 1991). A pelagem desta espécie dispõe de pelos curtos, densos e ásperos, o restante dos pelos do animal que não formam o colete apresentam uma coloração em tons de loiro a castanho ou marrom (NOWAK, 1991). A cauda possui poucos pelos. O comprimento de todo o animal varia entre 47 cm a 77 cm e pode pesar até 7 kg (NOWAK, 1991). O focinho é alongado e afilado, não apresentam dentes e a boca obtêm uma abertura minúscula para a passagem da língua que pode medir cerca de 40 cm. Para facilitar a captura de alimento a língua é lubrificada com uma substância pegajosa secretada por glândulas submaxilares (SMITH, 2007). Por conta da ausência de dentes uma parte do estômago do tamanduá mirim trata-se de uma moela muscular que tritura e macera o alimento (NOWAK, 1991). Apresentam garras nos dedos de suas patas, geralmente o dedo do meio dispõe de uma garra maior que as demais. Apresenta uma movimentação desajeitada e não galopam.


Foto: Juliana Bruder

Como descreve (NOWAK, 1991), geralmente o tamanho da prole de um tamanduá mirim é de apenas um indivíduo por gestação, após um período de gestação que varia de 5 a 6 meses. O filhote é carregado nas costas pela fêmea até completar um ano de vida para enfim se separarem. Estima-se que a expectativa de vida desses animais é de 9 anos.  

Segundo (NOWAK, 1991), sua dieta consiste em grande parte de formigas, estima-se que podem consumir cerca de 9000 formigas ao dia, entretanto também alimentam-se de cupins e abelhas. Quando ameaçados, se posiciona em pé equilibrando-se pelas patas traseira e a cauda e estendem suas patas dianteiras. Seus antebraços apresentam uma grande força que junto à capacidade dilaceradora de suas garras os protegem de ameaças.  


Foto: Fábio Paschoal 


Conforme (MIRANDA et al, 2015), o tamanduá mirim é nativo dos países da América do Sul exceto o Chile. No Brasil está distribuída em todos os estados brasileiros. Trata-se de uma espécie solitária que destina como seu habitat florestas de galeria, florestas tropicais, manguezais e savanas. 


 Fonte: IUCN

Segundo o relatório da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) no ano de 2015, destaca que não apresenta muitas ameaças ao tamanduá mirim, entretanto há a caça para a domesticação, obtenção da carne ou do couro do animal e também a degradação, fragmentação e perda de habitat destes animais por conta dos incêndios florestais e a extensão de rodovias. 


Animais Taxidermizados  Jiboia  Boa constrictor amarali Stull, 1932 Tatu-canastra  Priodontes maximus Kerr, 1792 Tucano-toco Ramphastos toc...