quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Tatu-canastra 

Priodontes maximus Kerr, 1792

Classe: Mammalia

Ordem: Cingulata

Família: Chlamyphoridae

Gênero: Priodontes


O Priodontes maximus, conhecido no Brasil como tatu-canastra, é descrito como um mamífero de grande porte, sendo a maior espécie de tatu conhecida. O termo canastra se dá por sua semelhança a um baú com tampa, antigamente nomeado de canastra. A cabeça e corpo apresenta comprimento variando de 75 a 150 cm e a cauda com comprimento em média de 50 cm (NOWAK, 1991).  Seu corpo apresenta uma carapaça bastante flexível de cor amarronzada escura com poucos fios de cabelos distribuídos entre suas placas (NOWAK, 1991). As placas que cobrem seu dorso são distribuídas em fileiras transversais (EINSENBERG, 1989).  Em média um adulto pode pesar até 60 kg. A cabeça apresenta coloração com uma faixa esbranquiçada, e um escudo oval que se estende até os olhos de cor amarronzada escura semelhante ao corpo. Seus olhos e orelhas são pequenos. O trato bucal possui até 100 dentes a qual, com o amadurecimento do animal, eles caem. A cauda também é branca e possui placas fechadas não distribuídas de maneira transversal (EINSENBERG, 1989). As patas dianteiras possuem garras grandes e poderosas, a garra do meio pode medir cerca de 20 cm de comprimento (NOWAK, 1991).


Fonte: IPÊ - Projeto Tatu-canastra

O tatu-canastra é uma espécie não endêmica do Brasil onde é encontrado em vários países da América do Sul como Venezuela, Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru e Suriname. No Brasil estão distribuídos em alguns estados das regiões Norte, Centro-oeste e Sudeste nos biomas cerrado e pantanal. No Uruguai o tatu-canastra está classificado como extinto em todo o território. 


Fonte: IUCN

Segundo (NOWAK, 1991), o tatu-canastra é um animal ágil de hábito exclusivamente noturno e solitário, diferente das demais espécies de tatu, não se fecha completamente com sua carapaça e quando ameaçado este tenta cavar. A gestação de uma fêmea dura em média cerca de 4 meses, gerando apenas um indivíduo, em casos raros até dois. A expectativa de vida destes animais livres é de 20 anos.

Conforme (EINSENBERG, 1989), trata-se de um animal insetívoro, que se alimenta principalmente de cupins, este consumido em maior quantidade, e formigas, entretanto aranhas, vermes, larvas, cobras e carniça também pertencem a sua dieta. Com o auxílio de suas garras poderosas o tatu-canastra as utilizam tanto para a obtenção de comida ao destruir os cupinzeiros, mas também para a escavação de tocas grandes e profundas como moradia.

Segundo o relatório da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) no ano de 2013, classificaram o tatu-canastra como vulnerável à extinção, com uma grave diminuição da sua população, na lista vermelha de espécies ameaçadas. Como destaca o IcmBio no Plano de Ação Nacional de Conservação das Espécies Ameaçadas (PAN), a perda, fragmentação e degradação do habitat do tatu-canastra devido à expansão do território urbano e agrícola, junto aos incêndios florestais, atropelamento em estradas e a caça, já que a carne é apreciada como alimento, proporcionam a diminuição da população dessa espécie. 


Foto: ONG Amigos dos animais

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