Tamanduá mirim
Tamandua tetradactyla Linnaeus, 1758
Classe: Mammalia
Ordem: Pilosa
Família: Myrmecophagidae
Gênero: Tamanduá
O Tamandua tetradactyla, conhecido no Brasil como tamanduá mirim, apresenta na coloração de sua pelagem do tronco e do ombro uma forma de colete formado por pelos pretos que circundam seu corpo motivo este ser conhecido também como tamanduá de colete (NOWAK, 1991). A pelagem desta espécie dispõe de pelos curtos, densos e ásperos, o restante dos pelos do animal que não formam o colete apresentam uma coloração em tons de loiro a castanho ou marrom (NOWAK, 1991). A cauda possui poucos pelos. O comprimento de todo o animal varia entre 47 cm a 77 cm e pode pesar até 7 kg (NOWAK, 1991). O focinho é alongado e afilado, não apresentam dentes e a boca obtêm uma abertura minúscula para a passagem da língua que pode medir cerca de 40 cm. Para facilitar a captura de alimento a língua é lubrificada com uma substância pegajosa secretada por glândulas submaxilares (SMITH, 2007). Por conta da ausência de dentes uma parte do estômago do tamanduá mirim trata-se de uma moela muscular que tritura e macera o alimento (NOWAK, 1991). Apresentam garras nos dedos de suas patas, geralmente o dedo do meio dispõe de uma garra maior que as demais. Apresenta uma movimentação desajeitada e não galopam.
Foto: Juliana Bruder
Como descreve (NOWAK, 1991), geralmente o tamanho da prole de um tamanduá mirim é de apenas um indivíduo por gestação, após um período de gestação que varia de 5 a 6 meses. O filhote é carregado nas costas pela fêmea até completar um ano de vida para enfim se separarem. Estima-se que a expectativa de vida desses animais é de 9 anos.
Segundo (NOWAK, 1991), sua dieta consiste em grande parte de formigas, estima-se que podem consumir cerca de 9000 formigas ao dia, entretanto também alimentam-se de cupins e abelhas. Quando ameaçados, se posiciona em pé equilibrando-se pelas patas traseira e a cauda e estendem suas patas dianteiras. Seus antebraços apresentam uma grande força que junto à capacidade dilaceradora de suas garras os protegem de ameaças.
Foto: Fábio Paschoal
Conforme (MIRANDA et al, 2015), o tamanduá mirim é nativo dos países da América do Sul exceto o Chile. No Brasil está distribuída em todos os estados brasileiros. Trata-se de uma espécie solitária que destina como seu habitat florestas de galeria, florestas tropicais, manguezais e savanas.
Fonte: IUCN
Segundo o relatório da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) no ano de 2015, destaca que não apresenta muitas ameaças ao tamanduá mirim, entretanto há a caça para a domesticação, obtenção da carne ou do couro do animal e também a degradação, fragmentação e perda de habitat destes animais por conta dos incêndios florestais e a extensão de rodovias.
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