quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Sagui-de-tufo-branco

Callithrix jacchus Lineu, 1758

Reino: Animalia 

Filo: Chordata 

Classe: Mammalia 

Ordem: Primates 

Família: Callitrichidae 

Gênero: Callithrix

Espécie: Callithrix jacchus


Callithrix jacchus, popularmente conhecido como sagui-de-tufo-branco, uma espécie endêmica do Brasil, está presente nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte como nativa e residente, e nos estados da Bahia, Maranhão, Sergipe e possivelmente no nordeste do Tocantins como residente, mas com origem incerta. Em outros estados, como Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, é residente e introduzida. Sua distribuição original se estendia ao sul até o rio São Francisco e a oeste até a margem esquerda do rio Grande, com possíveis extensões para o noroeste até o estado do Maranhão e a Serra do Valentim. Sua extensão de ocorrência supera 20.000 km², com uma área de ocupação estimada em mais de 2.000 km² (Rylands et al., 2008; Hershkovitz, 1977; Silva Jr., 1999; Flesher, 2001).

Foto: "O Fascinante Mundo Animal", IMP Online

O C. jacchus pode ser encontrado em diversos habitats, incluindo floresta semidecidual, floresta decidual, floresta ombrófila densa, florestas ripárias, manchas de caatinga arbórea e caatinga arbustiva (Rylands et al., 2008). Demonstrando grande adaptabilidade, essa espécie não está restrita a habitats primários e mostra-se altamente ajustável a diferentes ambientes, abrangendo desde áreas rurais até urbanas (Rylands et al., 2008).

O sagui de tufo branco, cientificamente conhecido como Callithrix jacchus, é uma pequena espécie de primata com uma aparência marcante. Seu corpo é coberto por uma pelagem densa e macia, geralmente de coloração marrom-acinzentada, enquanto a região ao redor do rosto e o topo da cabeça apresentam uma coloração branca distintiva, formando um "tufo" característico. Seu rosto é relativamente pequeno, com olhos grandes e orelhas pequenas. As extremidades do corpo, como mãos e pés, são ágeis e adaptadas para a vida nas árvores, com dedos longos e ágeis. Esses saguis também têm uma cauda longa e peluda, que é usada para auxiliar no equilíbrio enquanto se movem entre os galhos das árvores. Sua aparência geral é encantadora e peculiar, refletindo sua natureza ágil e curiosa. São basicamente insetívoros-gomívoros, e para a gomivoria, os incisivos inferiores são longos e estreitos, facilitando o roer dos troncos de árvores gomíferas. Porém, como é necessário esperar a árvore liberar a goma, estes ferimentos são marcados (marcas de cheiro) com urina e secreções (glândula de cheiro), pois existe uma grande competição intraespecífica por goma, que desta forma pode ser amenizada.

O sagui de tufo branco, segundo (HEARS, 1996), reproduz-se ao longo do ano, com fêmeas exibindo ciclos menstruais curtos de cerca de 14 a 18 dias. Durante a época de reprodução, que pode ser influenciada pela disponibilidade de alimentos, as fêmeas tornam-se receptivas por um curto período, acasalando-se com vários machos. Após uma gestação de aproximadamente 140 a 150 dias, as fêmeas dão à luz um ou, ocasionalmente, dois filhotes. Os filhotes nascem relativamente independentes, mas recebem cuidados intensivos da mãe, do pai e de outros membros do grupo. A amamentação é fundamental nos primeiros meses, seguida pela introdução gradual de alimentos sólidos. Os grupos sociais são compostos por laços familiares fortes, com cooperação entre os membros para garantir o bem-estar e a sobrevivência dos filhotes, refletindo uma estrutura social complexa e cuidados intensivos com a prole.

Foto: Fabrício Corsi Arias/Acervo Pessoal



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