Sagui-de-tufo-branco
Callithrix jacchus Lineu, 1758
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callitrichidae
Gênero: Callithrix
Espécie: Callithrix jacchus
Callithrix jacchus,
popularmente conhecido como sagui-de-tufo-branco, uma espécie endêmica do
Brasil, está presente nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí
e Rio Grande do Norte como nativa e residente, e nos estados da Bahia,
Maranhão, Sergipe e possivelmente no nordeste do Tocantins como residente, mas
com origem incerta. Em outros estados, como Espírito Santo, Paraná, Rio de
Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, é residente e introduzida. Sua
distribuição original se estendia ao sul até o rio São Francisco e a oeste até
a margem esquerda do rio Grande, com possíveis extensões para o noroeste até o
estado do Maranhão e a Serra do Valentim. Sua extensão de ocorrência supera
20.000 km², com uma área de ocupação estimada em mais de 2.000 km² (Rylands et
al., 2008; Hershkovitz, 1977; Silva Jr., 1999; Flesher, 2001).
O C. jacchus pode ser encontrado em diversos habitats, incluindo floresta semidecidual, floresta decidual, floresta ombrófila densa, florestas ripárias, manchas de caatinga arbórea e caatinga arbustiva (Rylands et al., 2008). Demonstrando grande adaptabilidade, essa espécie não está restrita a habitats primários e mostra-se altamente ajustável a diferentes ambientes, abrangendo desde áreas rurais até urbanas (Rylands et al., 2008).
O sagui de tufo branco, cientificamente conhecido como Callithrix jacchus, é uma pequena espécie de primata com uma aparência marcante. Seu corpo é coberto por uma pelagem densa e macia, geralmente de coloração marrom-acinzentada, enquanto a região ao redor do rosto e o topo da cabeça apresentam uma coloração branca distintiva, formando um "tufo" característico. Seu rosto é relativamente pequeno, com olhos grandes e orelhas pequenas. As extremidades do corpo, como mãos e pés, são ágeis e adaptadas para a vida nas árvores, com dedos longos e ágeis. Esses saguis também têm uma cauda longa e peluda, que é usada para auxiliar no equilíbrio enquanto se movem entre os galhos das árvores. Sua aparência geral é encantadora e peculiar, refletindo sua natureza ágil e curiosa. São basicamente insetívoros-gomívoros, e para a gomivoria, os incisivos inferiores são longos e estreitos, facilitando o roer dos troncos de árvores gomíferas. Porém, como é necessário esperar a árvore liberar a goma, estes ferimentos são marcados (marcas de cheiro) com urina e secreções (glândula de cheiro), pois existe uma grande competição intraespecífica por goma, que desta forma pode ser amenizada.
O sagui de tufo branco, segundo (HEARS, 1996),
reproduz-se ao longo do ano, com fêmeas exibindo ciclos menstruais curtos de
cerca de 14 a 18 dias. Durante a época de reprodução, que pode ser influenciada
pela disponibilidade de alimentos, as fêmeas tornam-se receptivas por um curto
período, acasalando-se com vários machos. Após uma gestação de aproximadamente
140 a 150 dias, as fêmeas dão à luz um ou, ocasionalmente, dois filhotes. Os
filhotes nascem relativamente independentes, mas recebem cuidados intensivos da
mãe, do pai e de outros membros do grupo. A amamentação é fundamental nos
primeiros meses, seguida pela introdução gradual de alimentos sólidos. Os
grupos sociais são compostos por laços familiares fortes, com cooperação entre
os membros para garantir o bem-estar e a sobrevivência dos filhotes, refletindo
uma estrutura social complexa e cuidados intensivos com a prole.
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